Vidas Secas

"As contas do patrão eram diferentes, arranjadas a tinta e contra o vaqueiro, mas Fabiano sabia que elas estavam erradas e o patrão queria enganá-lo. Enganava. Que remédio? Fabiano, um desgraçado, um cabra, dormia na ceia e aguentava zinco no lombo. Podia reagir? Não podia. Um cabra. Mas as contas de Sinhá Vitória deviam ser exatas. Pobre de Sinhá Vitória. Não conseguiria nunca estender os ossos numa cama, o único desejo que tinha. Os outros não se deitavam em camas? Receando magoá-la, Fabiano concordava com ela, embora aquilo fosse um sonho. Não poderiam dormir como gente. E agora iam ser comidos pelas arribaçôes."
RAMOS, Graciliano. Vidas Secas. São Paulo: Livraria Martins Editora, 1973, p. 159

No período "As contas do patrão eram diferentes, arranjadas a tinta e contra o vaqueiro, mas Fabiano sabia que elas estavam erradas e o patrão queria enganá-lo", a conjunção mas:

a

assume exatamente o mesmo sentido de oposição e restrição que o mas usado no período "Mas as contas de Sinhá Vitória deviam ser exatas";

b

é empregada para mudar a sequência do enunciado anterior, que ficou suspenso;

c

pode ser substituída por outra conjunção coordenativa adversativa, como porém;

d

é empregada com o mesmo sentido de embora, que pode substituí-la no mesmo contexto;

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