Apesar de conceitualmente vagas e contaminadas de forte antropomorfismo, as noçôes de "justiça social" e "dívida social" costumam gerar dois tipos de políticas públicas: em regimes totalitários, nua e crua expropriação de bens; em regimes socialistas democráticos, apropriação indébita mediante imposto sobre herança, imposto de renda progressivo e outras formas de alegada "redistribuição de renda". E o que é pior: tais medidas não transferem dinheiro dos mais ricos para os mais pobres, mas, sim, poder da sociedade civil para a burocracia estatal. E, se não bastasse, produzem ainda forte sonegação e evasão de divisas... Mas, neste último caso, os banqueiros das Ilhas Cayman acendem bons charutos cubanos e fazem um brinde com piña colada em agradecimento a tão sábias e oportunas medidas socialistas.
(Mário A. L. Guerreiro, "Justiça social e 'dívida' social", com adaptaçôes)
Assinale a opção que analisa com correção e propriedade os elementos linguísticos do texto.

Se o autor tivesse optado pela construção "a noção de 'justiça social' e a de 'dívida social'" em vez de "as noçôes de 'justiça social' e 'dívida social'", a flexão de plural em "vagas" e "contaminadas", obedecida a concordância da norma culta formal, não deveria, a rigor, se aplicar.

Considerando a mesma hipótese do item anterior, o verbo "costumam" deveria perder a desinência de plural e se flexionar no singular.

Os termos "dívida" e "indébita" mantêm traços lexicais e semânticos que também constam do par débito e indevido.

Os adjetivos "nua e crua" seguem a mesma regra de formação do feminino dos substantivos grou e guru.