Um indivíduo emitiu cheque ao portador cedendo a coação irresistível. O cheque foi dado em pagamento a compra realizada pelo coator. O vendedor, por sua vez, utilizou o título para pagar um de seus fornecedores. O emitente, a seu turno, sutara o cheque, que, evidentemente, não foi pago pelo banco. Acionado o emitente pelo fornecedor acima referido, defendeu-se ele alegando que sofrera coação, sendo, pois, o cheque ato jurídico anulável. Pode-se afirmar que:

a defesa não será vitoriosa, uma vez que, entrando o título em circulação e caindo em mãos de terceiro de boa fé, a este não poderão ser opostas exceçôes pessoais, cabíveis contra o primeiro titular;

o emitente deverá reconvir, a fim de anular o cheque;

o emitente deverá chamar ao processo a pessoa que o coagira a assinar o cheque;

a defesa será vitoriosa, incumbindo-lhe requerer a anulação do cheque, uma vez que se trata de vício leve;