"A" postou-se à porta de uma casa noturna quando "B" chegou com seu veículo. Apresentando-se como manobrista da casa, o que de fato não era, "A" obteve as chaves do veículo de "B", com o pretexto de ir estacioná-lo, subtraindo-o em seguida. Neste caso ocorreu:

furto qualificado pela fraude, porquanto o meio enganoso foi empregado para iludir a vigilância do ofendido que, desta forma, não teve conhecimento de que o objeto material estava saindo de sua esfera de disponibilidade;

estelionato, porque a vítima voluntariamente se despojou de seu bem, tendo consciência de que estava saindo de sua esfera de disponibilidade;

apropriação indébita, porque "A" inverteu em seu favor a posse do bem, que lhe fora confiado de boa-fé;

extorsão, porque o agente com o intuito de obter para si vantagem indevida, constrangeu a vítima a entregar-lhe o veículo.