Em 1854 um jornal paraense publicava o anúncio de fuga de um escravo. Leia o trecho abaixo deste anúncio e responda à questão proposta.

“Do engenho de S. Marçal no Rio Arari, na ilha do Marajó, da propriedade de Tomás Tavares Bastos, lhe fugiram três de seus escravos, sendo preto Francisco de nação caçanje.”
(Jornal Treze de Maio 17/04/1854, citado por SALLES, Vicente. Vocabulário crioulo. Contribuição do negro ao falar regional Amazônico. Belém: IAP, 2003, p. 96.) Sobre a escravidão vivenciada por escravos como o preto Francisco e suas formas de resistência na Amazônia do século XIX, é correto afirmar que esses escravos

trabalhavam em engenhos açucareiros, mas constantemente fugiam, seguindo para quilombos sempre distantes dos centros urbanos, pois esses esconderijos os mantinham distantes e isolados de seus ex-senhores.

trabalhavam em engenhos, mas também com o gado e, nas grandes cidades, em diversas atividades urbanas. Fugiam tanto para quilombos interioranos, quanto para grandes cidades, onde se faziam muitas vezes passar por negros libertos.

viviam em grandes propriedades cafeicultoras na Amazônia, mas também eram homens que poderiam fugir para as grandes cidades, já que nelas era comum o uso da mão de obra africana em várias atividades de trabalho pesado.

costumavam trabalhar como diaristas nas grandes cidades, de onde fugiam para o mato e para as grandes florestas amazônicas, formando quilombos isolados, sendo combatidos por capitães-domato e pela polícia secreta da época.