Questão: 68865 - História - Banca: - Prova: - Data: 01/01/2023

Governadores gerais, holandeses e franceses começaram a importunar-me. Esquartejavam-se períodos, subdividiam-se e rotulavam-se as peças em medonha algazarra. Os meus novos amigos guardavam maquinalmente façanhas portuguesas, francesas e holandesas, regras de síntese – e brilhavam nas sabatinas. Segunda-feira estavam esquecidos, e no fim da semana precisavam repetir o exercício, decorar provisoriamente a matéria. À medida que avançavam, a tarefa ia se tornando mais penosa: ficavam apenas, algum tempo, as últimas liçôes. Eu achava estupidez pretenderem obrigar-me a papaguear de oitiva. Desonestidade falar de semelhante maneira, fingindo sabedoria. Ainda que tivesse de cor um texto incompreensível, calava-me diante do professor – e a minha reputação era lastimosa.
(Ramos, Graciliano. Infância. In: Circe M. F. Bittencourt. Ensino de História: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2004, p. 93)
As lembranças do aluno sobre sua história escolar indicam que, na época, predominava um método de ensino em que

  • a
    a erudição histórica desenvolvia nos alunos noçôes de autonomia intelectual, necessárias para a formação de cidadãos políticos.
  • b
    a participação discente era fundamental no processo de avaliação do ensino e essencial para a aprovação ou reprovação do aluno.
  • c
    a memorização era a tônica do processo de aprendizagem e a principal capacidade exigida dos alunos para o sucesso escolar.
  • d
    o domínio de temas históricos era a base de sustentação qualitativa do ensino e essencial para o desenvolvimento intelectual do aluno.
  • e
    os conteúdos baseavam-se no conhecimento neutro e objetivo da produção científica e promoviam o processo de aprendizagem escolar.
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