Questão: 68951 - História - Banca: - Prova: - Data: 01/01/2023

Instruçôes: Para responder às questôes 41 e 42, considere o trecho das Orientaçôes Curriculares para o Ensino Médio − História.
O poder pode ser entendido como o complexo de relaçôes entre os sujeitos históricos nas diversas formaçôes sociais e nas relaçôes entre as sociedades. As relaçôes de poder permeiam o processo de construção do conhecimento histórico e são um dos fatores de significação que delimitam o que seria a consciência histórica, que marca os diversos modos de apreensão e da construção do mundo historicamente constituído e suas respectivas interpretaçôes.

Com base no texto, o professor, em uma atividade de leitura e discussão realizada em sala de aula com o documento abaixo, pretendeu levar os alunos a refletir sobre as relaçôes de poder na História.
Meu Senhor, nos queremos pás e não queremos guerra; Se meu Senhor também quizer a nossa pás ha de ser nesta conformidade (...).
Em cada semana nos há de dar os dias de sesta feira e de Sábado para trabalharmos pa nós não tirando hum destes dias por causa de dia Santo. Para podermos viver nos hade dar Rede tarrafa e canoas. (...)
Para o seu sustento tenha lanxa de pescaria ou canoas do alto, e quando quizer comer mariscos mande os seus pretos Minas. Faça uma barca grande para quando for para a Bahia nós metermos as nossas cargas para não pagarmos fretes. Na planta de mandioca, os homens queremos que o tenhão tarefa de duas mãos e meia e as mulheres de duas mãos. A tarefa de cana hade ser de cinco mãos e não de seis, e a dez canas em cada freixe. (...)
A madeira que se serrar com serra de mão em baixo hão de serrar três, e um em cima. A medida de lenha hade ser como aqui se praticava, para cada medida um cortador, e huma mulher para carregadeira. Os actuais Feitores não os queremos, faça eleição de outros com nossa aprovação. (...)
O canavial de Jabirú o hiremos aproveitar por esta vez, e depois hade ficar para pasto por que não podemos andar tirando canas entre mangues.
Poderemos plantar nosso arroz onde quisermos, e em qualquer brejo, sem que para isso peçamos licença, e poderemos cada hum tirar jacarandás ou outro qualquer pau sem darmos parte por isso.
A estar por todos os artigos acima, a concedemos estar sempre de posse de ferramentas, estamos prontos para o servirmos como dantes, por que não queremos seguir os maos costumes dos mais Engenhos.
Poderemos brincar, folgar, e cantar em todos os tempos que quisermos sem que nos empeça e nem seja preciso licença.
(Schwartz, Stuart. Escravos, roceiros e rebeldes. Trad. Bauru: EDUSC, 2001, pp.113-15)
Após a discussão, pode-se afirmar que os alunos chegaram à conclusão de que os escravos rebeldes

  • a
    reivindicavam a liberdade e o pagamento pelas atividades realizadas no Engenho, tais como pesca, plantação de cana e transporte dos produtos.
  • b
    ameaçavam boicotar frequentemente a produção de cana, de farinha, de pesca, de roças de arroz e de corte de lenha.
  • c
    recusavam-se a trabalhar na pesca de mariscos, pois estavam buscando uma oportunidade de se transferirem para a região das Minas.
  • d
    organizaram-se contra a presença de feitores no engenho, que os impediam de trabalhar em suas próprias lavouras.
  • e
    propunham uma negociação de paz, desde que o senhor atendesse as suas reivindicaçôes e garantisse melhores condiçôes de trabalho no engenho.
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