TEXTO 1

Meses e meses recolhida e murcha, sai de casa, liberta-se da estufa,
A flor guardada (o guarda-chuva). Agora cresce na mão pluvial, cresce.
Na rua sustento o caule de uma grande rosa negra
Que se abre sobre mim na chuva.
(Mauro Mota)

TEXTO 2

Na Av. Dantas Barreto, empilham-se camelôs que exibem, aos gritos, seus produtos. Eles vendem de tudo. Nas tardes nubladas de maio, entretanto, o mais procurado é o guarda-chuva. Durante o inverno, volta ao mercado, como se fora fruta de época. Quem se arrisca pelas ruas do Recife sem essa proteção perde a pose e chega molhado ao encontro. (adaptado de uma notícia de jornal)

Analise as proposiçôes referentes ao emprego da regência verbal a serviço da construção do sentido.
I. Em “sai de casa, liberta-se da estufa” (Texto 1), temos o emprego estilístico da regência verbal, com dois objetos diretos preposicionados.
II. No fragmento “empilham-se camelôs que exibem aos gritos seus produtos” (Texto 2), o autor empregou dois verbos intransitivos, para indicar movimento.
III. A regência verbal, no sintagma “vendem de tudo” (Texto 2), embora esteja na variante coloquial, não constitui problema para a coerência.
IV. Em “Agora cresce na mão pluvial, cresce.” (Texto 1), o verbo é repetido, mas com regência diferente, para dar mais ênfase ao novo fato.
V. O emprego do verbo de ligação no mais-que-perfeito, em “como se fora fruta de época.” (Texto 2), realça o segmento comparativo.
VI. A construção “perde a pose e chega molhado” (Texto 2) dá um tom conclusivo ao relato: verbo transitivo direto, seguido de oração com predicado verbo-nominal.
Estão CORRETAS apenas:

a

I, II e III.

b

I, III e IV.

c

II, III e IV.

d

III, V e VI.

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